sexta-feira, janeiro 30, 2004

 
Somos ou não todos iguais?



A maior fotógrafa de bebés de todo o mundo, a australiana Anne Geddes, acha que sim. E nada melhor do que crianças para o provar.
Quem disse que os mais novos não podem dar o exemplo?
posted by molin 4:13 da manhã

quinta-feira, janeiro 29, 2004

 
Picolito... paga-me um gelado!



Fui aos arquivos e encontrei esta foto, que tão boas recordações me traz. Estava eu na muda dos dentes, a saborear o sol, quando me aparece o meu amigo (hoje Provedor) a pedir para lhe pagar um gelado. À janela está a Cláudia e, na porta, junto do senhor Provedor, a Rosarinho e o Pedro Almeida. Para os mais desenquadrados, morámos todos juntos, no tempo de estudantes. Quer dizer, eles estudavam. Eu e o Provedor gozávamos à brava. Já por isso é que a Rosarinho é economista da Sonae, o Pedro engenheiro de uma hidroeléctrica qualquer e a Cláudia advogada da Segurança Social e nós estamos onde estamos. Mas ele gozava mais do que eu. Ou já te esqueceste quem fez sozinho o trabalho de grupo, para Sociologia Geral, sobre o Manifesto do Partido Comunista? Sorna!
posted by molin 3:40 da manhã

terça-feira, janeiro 27, 2004

 
Provedor do blog

Há um certo momento na vida das publicações que, devido à afluência de visitantes, é necessário criar a figura do Provedor do Leitor. Ora, como recebo, de dez em anos, as estatísticas das visitas do meu blog e reparei que das quatro semanais subimos a parada para cinco (incluindo os autores dos textos), um número incomportável para um blog tão artesanal como este, considerei que tal fluxo já justifica a existência de tão distinta figura.

Seguindo os parâmetros de exigência da restante concorrência (New York Times, El Pais, Le Figaro, The Independent, Washignton Post entre outros), tive que me esforçar para encontrar uma pessoa que preenchesse os requisitos para ocupar esta vaga. A minha mulher e a minha sogra foram as primeiras candidatas, mas o tempo delas já é tão curto que tive de abandonar a ideia, sem lhes contar da minha vontade. Mas, como diz a mãe Teresa, guardado está o bocado para quem o há-de comer. Hoje encontrei a pessoa certa.

Não foi terceira escolha. Digamos antes que esteve em período de maturação. E antes que caísse de podre, aqui fica a notícia para as cinco pessoas que visitam o blog: anuncio, oficialmente, a integração nos quadros deste blog a figura de Provedor do Leitor, que será brilhantemente desempenhado pelo meu grande amigo de sempre, Picolito. Bem sei que não é nome de Provedor, mas isto também não é um blog a sério. É sério, mas não é a sério.

Picolito é meu companheiro de alegrias e tristezas, ilustre profissional de Comunicação Social (atenção que é chefe!), um rapaz poderado, sábio, equilibrado (quando não recorda os nossos tempos de estudante) e alguém por quem tenho uma enorme estima e consideração. Penso nele como o irmão mais velho que nunca tive e o meu muro de lamentações sempre atento e pronto para me dar aquele abraço especial quando tudo parecia correr mal. Foi ele quem, carinhosamente, me disse que quem não lê não pode saber. Por isso incutiu-me o gosto pela leitura, que me deu a conhecer Pearl Buck, que me obrigou a ler Saramago, que me aconselhou José Cardoso Pires e a espiar as crónicas do José António Saraiva no Expresso. É um adepto incondicional do jornal onde me deixam escrever e ficou imensamente orgulhoso - como se tivesse sido ele a consegui-lo - no dia em que saiu a minha primeira peça assinada. «Grande Picolito...», dizia ele, «tu mereces».

Esta nomeação não é uma promoção, pois o lugar que ocupa na minha pirâmide da amizade já não tem mais escadas ascendentes. É uma homenagem. Por isso, do alto de onde se encontra, tem ele a posição mais privilegiada para analisar o que se passa por aqui. Respeitem as suas barbas brancas e a sua curvatura cervical, com apenas 35 anos(!), pois são um sinal claro que, acima dele em sabedoria, só mesmo o Yoda da Guerra das Estrelas.



Obrigado, desde já, por teres, forçosamente, aceite este ultimato. E por me beneficares todos os dias com a tua dedicação, nunca ausente.
Um abraço sentido
posted by molin 11:32 da tarde

segunda-feira, janeiro 26, 2004

 
Até sempre Fehér...



Estava em Espinho, a fazer reportagem de uma Taça do Mundo de Esgrima, em que participava a selecção da Hungria, quando vi o Fehér entre os espectadores. Fiquei admirado, mas pensei que fosse amante da modalidade. Como estava na altura em que ainda não se sabia se ia ou não para o Benfica, uma vez que ainda não tinha terminado a temporada e ainda era jogador do FC Porto, na altura a jogar nos «bês», fui ter com ele para termos uma pequena conversa.

Fiquei a saber que era amigo pessoal de um dos atletas da selecção de esgrima do seu país e que ali estava para rever um velho conhecido. No entanto, não recusou responder a todas as minhas perguntas sobre a situação, embora me tivesse pedido confidencialidade.

Na verdade, não adiantou grande coisa ao que já se sabia. Que estava a passar um mau bocado na equipa B, pois sabia que tinha mais valor para jogar futebol num escalão superior, em vez de ser na II Divisão B. E que a sua passagem por Braga o tinha provado. Lá me foi dizendo que não tinha nada de concreto para me dizer sobre a hipótese de ir para o Benfica e que confiava no trabalho que o seu empresário estava a fazer.

Mas sempre com um sorriso encantador na face, muito discreto e extremamente solícito. Fiquei com boa impressão dele, tanto mais que me confidenciou que adorava jogar no Benfica - mesmo que tal, para um sportinguista como eu, seja algo de incompreensível! Jogou e com a sua camisola se despediu do mundo.

Que Deus te acompanhe, rapaz! Que a partir de agora tenhas mais sorte, onde quer que estejas.
Um abraço e até sempre
posted by molin 3:27 da manhã