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quarta-feira, julho 23, 2003

 
Tanya, you take my breath away...

Um dos filmes que mais marcou a minha adolescência foi o Vertigem Azul ("Le Grand Bleu" ou em inglês "Deep Blue"), com essa dupla fantástica de Luc Besson a realizar e Jean Reno a contracenar. E ainda a Rosanna Arquette para apimentar e americanizar as coisas. À parte das fofices dos golfinhos, que são sempre uns bichos simpáticos para colocar num filme e cativar qualquer plateia, o filme gira à volta de dois lunáticos mergulhadores que tentam bater todas as marcas recordistas e vencer todos os campeonatos de mergulho sem oxigénio, chamado free diving, ou como ouvi recentemente na rádio, Apeneia!

O filme é, de facto, de cortar a respiração, mas por ser um filme, nunca cheguei a meditar no que realmente faziam aqueles tipos de nariz tapado com uma mola e uns óculos que mais pareciam ser usados para soldar. Até ontem. Uma das primeiras notícias que ouvi de manhã foi de uma menina britânica, de seu nome Tanya Streeter, bateu o record de mergulho sem oxigénio ao descer a 120 metros de profundidade, estando 3 minutos e 38 segundos sem respirar. Terá a míuda nascido com guelras? Sem dúvida de cortar a respiração!

Já agora, e para informação dos poucos que se dignam a ler esta coisada, o record foi batido nas ilhas Turks and Caicos, britânicas, situadas a 575 milhas sudeste de Miami, com as cristalinas águas que são características.

E para contrariar a má fama das loiras, a Tanya é linda e muito jeitosa. Não foi à toa que a Sport's Illustrated de 2002 a elegeu como «The World's Most Perfect Athlete». Que rica sereira!



segunda-feira, julho 21, 2003

 
Salvé, Armstrong!

Não sou muito de ter heróis, mas se há um desportista que admiro mesmo muito, ele chama-se Lance Armstrong. Digam o que disserem, ele é o melhor ciclista dos últimos 15/20 anos e, a manter-se a este nível mais um ou dois anitos, talvez chegue mesmo ao pedestal de Mercx e Hinault.
O ciclismo é um dos desportos mais bonitos do Mundo. Tem tudo: emoção, colorido, galhardia, jogo de equipa, inteligência em movimento. Já imaginaram o que é estar a pedalar a alto ritmo durante cinco horas por dia, durante 20 dias, calcorreando as serras de um país como França. A Volta a França tem um encanto especial e quem a vence pode muito bem achar que é o melhor ciclista do Mundo desse ano. Ora, Armstrong prepara-se para a vencer pela quinta vez seguida. Notável. Até agora, só Mercx e Indurain conseguiram esse feito e ninguém ganhou seis «Tours» seguidos. Será que Armstrong vai lá chegar? Os cépticos que puseram em quase a qualidade do norte-americano (??) só porque ele teve dois dias menos bons esta semana devem achar que não. Mas como eu acredito que ainda há heróis, não só admito essa possibilidade, como vou torcer fortemente por ela. Armstrong é o exemplo que qualquer aspirante desportista deve seguir: perseverante, confiante, respeitador dos adversários.

E com uma história de vida que dá um livro: foi campeão mundial de estrada quando era um ilustre desconhecido. Depois, foi-se impondo como um ciclista prometedor, mas sem aspirações de vencer um «Tour». Esteve à beira da morte, com um cancro nos testículos, mas resistiu a tudo e soube recuperar. Regressou ao ciclismo e conheceui a glória: a adversidade deu-lhe a resistência e a coragem que um campeão precisa de descobrir. Foi buscar forças não se sabe bem onde, mas nunca as suspeitas do doping ensombraram o seu sucesso. Há qualquer coisa em Armstrong que o torna um ciclista imbatível: força física, claro, mas um poder anímico dificilmente explicável. Quatro voltas à França já ninguem lhas tira. A menos de uma semana do final do Tour deste ano, lidera a prova, mas tem em Ulrich um adversário de respeito.
A etapa que o americano fez hoje, na subida ao Tourmalet, vai entrar na antologia dos grandes momentos da rainha de todas as Voltas: caiu uma vez, resistiu, ia caindo a segunda, evitou nova queda e depois galgou para um triunfo inesquecível.
Eu aposto em Armstrong. Aposto e torço por ele.





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