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é mesmo uma questão de associação. ligar o preto com o branco, bloquistas com a juventude popular, fc porto com benfica, vodafone com a tmn, e descobrir que elvis, afinal, está vivo e desfruta de um tê-dois na praia da vagueira. faça o favor de limpar os pés antes de entrar, que a empregada da limpeza saiu para o ministério das finanças. livro amarelo: molin@aeiou.pt - aceitam-se insultos

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sexta-feira, outubro 03, 2003

 
Sonhar sem dormir

E quando um dia acordarmos juntos, olharmos um para o outro e percebermos que não estivemos a sonhar?

Para Ti



quinta-feira, outubro 02, 2003

 
Caminhos de ferro

Fui subindo a avenida, em jeito de quem tem todo o tempo do mundo, a fazer pontaria para não pisar os desenhos das pedras escuras do passeio, em direcção ao último edifício, o único de topo, que não fica nem no lado esquerdo nem no lado direito do rasgado vale de prédios de terceiro andar, todos do início de século. Ao fundo já se viam as paredes brancas da estação encrustadas com painéis de azulejos azuis e brancos a imitar o estilo século XVII, com imagens de varinas, marnotos e bois a puxar os barcos de pesca de proas apontadas ao céu, em sinal de confrontação sem medo do homem sobre a natureza. A ansiedade era tanta que fui com tempo que até sobrava ao próprio tempo para te esperar. Só me falta mesmo ir aos pontapés a uma caixa de pastilhas amachucada, para queimar o que sabia ser um lume brando que mais parecia não ter fim, como aqueles enormes troncos de Natal que duram na lareira por dois dias e uma noite. Nem as árvores do corredor central da avenida, despidas das suas folhas, agora que o Outono estava prestes a dar lugar ao Inverno, faziam ficar-me mais triste. Nem que começasse a chover a cântaros e me apanhasse nada acautelado, porque sabes que não uso guarda-chuva, poderia beliscar-me com o mínimo sinal de depressão. Já não há andorinhas a voar, nem se sente a alegria do tempo quente. Mas o frio tem o dom de juntar, o que o calor pode separar. Sabíamos que ficar em casa em tempo de chuva e céu cinzento era o cenário mais do que desejado. Fora sonhado. Com todos os contornos e requintes de quem espera por um momento de uma vida a surgir num estalar de dedos, perpétuado pela memória das imagens que nunca mais se esquecem. Que marcam. Para sempre.
Vai dar entrada na linha número 3 o comboio Alfa Pendular procedente de Lisboa Santa Apolónia com destino a Porto Campanhã, ouço eu nos altifalantes da estação. Só a ideia da tua chegada provoca-me arrepios e a voz do chefe da estação a anunciar a tua chegada é como os cânticos do homem da Santa Casa da Misericórida a anunciar os números premiados da lotaria. És a minha fortuna, penso, ao ver o começo afunilado do comboio. E a cada centímetro que avança em direcção a mim é como se subisse pelo meu corpo um enorme foco de luz, repleto de calor, que me faz esquecer o frio húmido próprio de quem vive junto ao mar. O chiar agudo dos travões soa-me tão bem, que nem vejo a porta abrir. Linda. Com um sorriso do tamanho do mundo, tão característico teu, desces os degraus, pousas o saco no chão e agarras-te ao meu pescoço...
- Gostas de mim?
- Muito


Para Ti



quarta-feira, outubro 01, 2003

 
Parvoíces

A força do desejo em alcançar algo na vida tem sempre de ser proporcional às expectativas que criamos. Em nós e nos outros.

Para ti



terça-feira, setembro 30, 2003

 
Curvado em agradecimento

Hoje, a única coisa que tenha para te dizer é obrigado. Por tudo. Por mim mas, acima de tudo, por ti.
A minha alma é testemunha do bem que me fazes.

Para ti



segunda-feira, setembro 29, 2003

 
Sentir a falta de alguém

Gostava de poder guardar as saudades que sinto por ti num caixa e depois mostrar-te. Gostava que fosse possível esquecer um bocadinho a falta que sinto e ficar só a olhar para ti, com esse teu jeito meigo, para me aliviar a dor de estar longe. E de poder abrir a caixa para ti e ser capaz de te mostrar que o que está lá dentro são todas as horas em que não estás e que gostava que estivesses, na esperança de poderes entender o que realmente significa não estar ao teu lado, seja em que momento for do dia. Mostrar-te todos os apertos de coração que tenho. Mas qual a melhor forma que tenho de te poder expressar tais sentimentos? A maneira mais simples é tentar dizer-te, apenas, o que sinto, mesmo correndo o risco de tu poderes achar exagerado. Mas não é. E a partir de hoje tudo vai ter um significado diferente. É como se alguma coisa ainda estivesse, de alguma forma, amarrada e que depois da conversa de hoje tudo tivesse ficado mais claro, mais óbvio, mais transparente. Um pequeno empurrão que qualquer um de nós estava à espera que acontecesse e que mais cedo ou mais tarde teria de acontecer. E o mais curioso é que ninguém por puxou por nada, foi como que arrastado pela maré, daquelas força que ninguém consegur lutar contra, nem adianta muito fazê-lo. Mas uma maré em que dá gosto deixar-se levar. Nada de pânico ou sobressaltos, medos e receios. Porque cada um de nós sabe onde vai desaguar a água que corre. E deixamo-nos ir. Soltos, libertos, porque também é assim que a vida deve ser levada. Leva-me a mim sempre assim.

Como és linda...

Para ti





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