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é mesmo uma questão de associação. ligar o preto com o branco, bloquistas com a juventude popular, fc porto com benfica, vodafone com a tmn, e descobrir que elvis, afinal, está vivo e desfruta de um tê-dois na praia da vagueira. faça o favor de limpar os pés antes de entrar, que a empregada da limpeza saiu para o ministério das finanças.
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sábado, dezembro 27, 2003
Sorte de má CABRA!
Fez ontem uma semana, a caminho de Lisboa, vi uma notícia no jornal "Público" que me fez pensar um pouco.
Nas ilhas desertas da Madeira, estão a matar a cabras selvagens que por lá andam, levadas pelo Homem na época dos Descobrimentos E porque é que decidiram exterminar os bichos agora? Pois bem, segundo o que dizia no artigo, os ambientalistas repararam que o número de machos e fêmeas têm aumentado de forma significativa, o que está a ameaçar a flora do território, com muitas espécies flores em vias de extinção. Aliás, alguns exemplares únicos no mundo.
Ora, em primeiro lugar, se a bicharada é selvagem, pode fazer o que muito bem entender, e isso inclui reproduzirem-se da forma que bem entenderem. Sem televisão, até os bichos têm que fazer pela vida, o que equivale a dizer, têm de fazer vida!
Em segundo lugar, se o número de cabras está a aumentar, alguma razão tem de haver. É que se já lá estão desde o tempo do Infante D. Henrique e só agora estão a crescer - é óptimo saber que, pelo menos, a vida para as cabras selvagens das ilhas desertas da Madeira corre de tal forma de feição, que lhes permite aumentar os agredados familiares sem pensar no custo de vida - é porque há algum factor que está a contribuir para o crescimento desmesurado do índice reprodutivo.
Em vez de trazer as cabras e os cabrões para a civilização e dar-lhes outro fim, os ambientalistas decidiram por fim à raça de forma implacável, bem ao estilo de rambóiada cinematográfica. Espero que não andam aos tiros pelos desertas, com a bicharada em plena mira (não técnica). E se estão a tratar da coisa em termos biotecnológicos, porque não dão contraceptivos orais às cabras? É certo que as flores raras continuariam a ser devastadas pela fome devoradora das cabras prenhas, sedentas de comida para si e para as suas crias.
Gostava que tivessem pensado num regime alimentar para os animais, em vez de partir para a solução radical do extermínio. Ou podiam deportar, simplesmente, os comilões bichos para outro lugar, onde pudessem saciar a fome com outro tipo de plantas. E certo que, pela mudança de hábitos alimentares, a única coisa que podia acontecer às cabras e seus apres amsculinos seria uns simples desarranjos intestinais. Mas nada que não fosse ultrapassável e bem preferível à liquidição total. E não me estou a referir aos saldos!
Isto para me solidarizar com as cabras das desertas, que não devem estar a passar um bom bocado, nesta quadra natalícia. Uma verdadeira sorte macabra ou azar de ter nascido má cabra!
posted by molin
1:05 da manhã
sexta-feira, dezembro 26, 2003
Caroços para que te quero...
Os responsáveis pela produção de azeite na Cooperativa de Murça descobriram uma forma de converter uma despesa em receita, no que diz respeito ao destino a dar aos caroços das azeitonas usadas no fabrico do... azeite. E ainda são umas dezenas de toneladas que caroços, que significava despesa para a cooperativa, uma vez que pagavam a alguém para se desfazerem deles (por acaso até gostava de saber o que lhes faziam).
Pois houve alguém que teve uma ideia genial - quiçá teve-a sentado(a) na sanita, como alguém que eu conheço - para dar um outro rumo aos incómodos caroços de azeitona. E começo eu a divagar, agora, sobre o assunto e penso: se se forma a partir das árvores, mesmo estando dentro de um fruto carnoso, só pode ser madeira. Uma coisa é certa: material natural é com toda a certeza. Por isso é biodegradável. E deve queimar bem. Como a madeira, por exemplo.
Deve ter sido este, mais ou menos, o raciocínio de quem teve a fantástica ideia de usar os caroços de azeitona como material comburente, designadamente para cender os fornos das padarias locais. É verdade. Os caroços ardem bem e aquecem os fornos a lenha para fazer o pão e outros bolos e cozinhados. Não deixam cheiro e não é preciso andar a "alombar" com quilos de madeira em cavacos disformes para acender o fogo.
Assim, o que antigamente significava despesa para a cooperativa de Murça, agora é receita. Seis cêntimos o quilo. Uma tonelada são 600 euros. Como os próprios responsáveis da cooperativa confessaram, são dezenas de toneladas de caroços por época que são gerados. Mas vamos fazer só as contas a duas dezenas. Por baixo. Sabem quanto dá? Pois é, 12 mil euros! E isso são 2.400 contos no velhinho escudo.
Ideias desta não são boas. São mesmo geniais.
posted by molin
3:36 da tarde
quinta-feira, dezembro 25, 2003
Testemunha de fé
No Jornal da Tarde de hoje, da RTP1, vi uma daquelas reportagens sobre as missas de Natal (não do Galo), no Porto, onde o bispo local, D. Armindo Lopes Coelho, lamentava o facto da sociedade de hoje estar mais centrada no homem do que no divino, embora a afluência à Casa de Deus não seja tão desoladora como em anos anteriores. Dizia o mesmo clérigo, que já não se assistia tanto a testemunhos de fé como em tempos idos.
Que o discurso dos párocos surpreende sempre, disso já ninguém tem dúvida. Só não esperava é que falassem contra eles próprios. Como católico devoto, estranha-me que que figura de tanta importância no panorama eclesiástico nacional venha afirmar em homilia que não hajam testemunhos de fé. E admira-me pelo simples facto da fé ser uma forma muito intima de se relacionar com o divino, sem que seja preciso dar-se testemunhos dessa relação com Deus. Isto é, no meu entender, não preciso de me sentar nos bancos corridos de uma igreja para falar com Deus e para me mostrar devoto a Ele. Aliás, a única testemunha da minha fé terá mesmo de ser, só e unicamente, o Deus que cada um de nós respeita, embora admita que muitos devotos se sintam mais perto de Deus na Sua casa.
Sinceramente, e em tempos como os que atravessamos, acho que o Homem está cada vez mais ligado ao seu lado espíritual, independentemente de ter ou não, uma carga divina, como o bispo do Porto assim o referiu. Porque é na introspecção e naquilo a que eu chamo "Conversa com o Eu", que muitas vezes cada um de nós encontra a paz e a serenidade, necessidade de nos virarmos para nós, sem que tal medida não signifique o puro egoismo de olharmos para o nosso umbigo. Aliás, "Conversar com o Eu" pode até ser bastante altruista, na medida em que podemos pensar em todos aqueles a quem queremos bem. E essa fé não necessita de testemunhos e muito menos de provas.
Por isso, das duas três: ou eu não entendi o que o senhor bispo D. Armindo Lopes Coelho quis dizer com a expressão "testemunhos de fé" e com o afastamento do homem ao divino, ou a Igreja continua a não perceber no carácter intimista - salvaguardando a expressão poética - da fé. Ou seja, como expressão de um sentimento íntimo da forma mais simples, sem necessidade de recorrer a testemunhos. Na verdade, Deus terá ser o último e a única testemunha da fé de cada um. Isso é que é devoção.
posted by molin
5:36 da tarde
terça-feira, dezembro 23, 2003
Será que basta pedir?
I don’t want a lot for christmas
There is just one thing I need
I don’t care about presents
Underneath the christmas tree
I don’t need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa claus won’t make me happy
With a toy on christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for christmas is you...
You baby
I won’t ask for much this christmas
I won’t even wish for snow
I’m just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won’t make a list and send it
To the north pole for saint nick
I won’t even stay awake to
Hear those magic reindeer click
’cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for christmas is you
You...
Mariah Carey
posted by molin
3:27 da manhã
segunda-feira, dezembro 22, 2003
A Man Is In Love
A man is in love, how do I know?
He came and walked with me, and he told me so
In a song he sang, and then I knew
A man is in love with you
A man is in love, how did I hear?
I heard him talk too much whenever you're near
He whispered your name when his eyes were closed
A man is in love and he knows
A man is in love, how did I guess?
I figuered it out while he was watching you dress
He'd give you his all, if you'd but agree
A man is in love and he's me
The Waterboys
posted by molin
3:54 da manhã

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